Autoflagelação, por exemplo, é comum nesses casos e
acontece quando o animal se lambe demais a ponto de causar machucados nas patas
e no corpo. Engolir o ar, fazer as necessidades fisiológicas fora do lugar,
falta de apetite e excesso de apatia, de agressividade ou de agitação também
são razões para que os donos procurem ajuda. Em qualquer dessas situações, é essencial consultar um
especialista.
Atualmente, existem terapeutas que analisam a rotina dos
cachorros e a dos donos para apontar quais são as causas da ansiedade. Tratamentos
com ansiolíticos e antidepressivos são outras formas de resolver o problema.
No entanto, o acompanhamento médico só tem efeito se for
complementado por uma mudança de comportamento dos próprios donos.
Exercício para fazer em casa
Hábitos
sedentários não podem se estender aos cães, que necessitam de atividades
diárias. Reprimi-los quando brincam, quando se sujam ou quando correm, assim
como deixá-los confinados em ambientes pequenos, são atos que devem ser
evitados.
O médico-veterinário lembra que, ainda que os animais
expressem as questões emocionais como humanos, é preciso tratá-los como cães. "Essa
é a melhor forma de prevenir a ansiedade, afinal, a genética deles é diferente
da nossa. Se chegou ao ponto de se autoflagelar, não adianta apenas tratar a
lesão. É preciso compreender o que desencadeou esse processo para então
revertê-lo".
Exercício para fazer em casa
A ansiedade de separação acontece, entre outras razões, porque
o cão tem medo de ser deixado sozinho. Para amenizar esse sofrimento, a dica é
ensinar que a ausência dos donos é temporária e não definitiva.
Primeira etapa: finja que vai sair, siga seu ritual, o mesmo
que costuma despertar reações negativas no cão, e pegue bolsas e chaves, mas
permaneça no ambiente. Repita o procedimento até que ele deixe de ficar
agitado.
Segunda etapa: realize a mesma ação, mas desta vez abra a
porta e deixe o ambiente. Permaneça do lado de fora por um ou dois minutos e
retorne. Dessa forma, o pet compreenderá que o dono sempre voltará.